domingo, 25 de setembro de 2011

Apenas trabalhe Rute.



                Particularmente não acredito no acaso. Creio plenamente que Deus tem um propósito para TUDO e todos, afinal, é onisciente, tudo sabe, tudo vê e isso inclui seu coração. (Salmos 17 3, a)
                O amor é imprescindível, é a manifestação mais perfeita de Deus. Por outras motivações não vamos muito longe, mas por amor, vamos sempre além.
“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.” (1 Corintios 13, 13)
               Você já se perguntou "mas será que vale a pena obedecer?" "Será que haverá algum mérito nas minhas escolhas?"  "Será que eu verdadeiramente colherei aquilo que semeei?" etc...
                Sinto muito te dizer, se não em todas, mas na maioria das vezes ninguém irá reconhecer sua boa obra. Mas acredito que quando escolhemos amar, quando escolhemos o amor a tudo o mais, movemos o sobrenatural de Deus. Algo no coração de Deus é movido.
                Rute um dia virou referência para mim. Duvido que ela imaginasse que sua escolha seria contemplada em vida por alguém. Ela queria agradar a Deus.
                Rute e Noemi, sua sogra viraram uma linda ilustração para mim, de aliança com o Senhor, não com pessoas. Não me estranhe, por favor, acompanhe meu raciocínio; onde Noemi representasse o Senhor Jesus e alguém diz o que disse Rute, assim:  
Querido Jesus,
“Não me intes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te, porque aonde quer que fôreis, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrei eu e aí serei sepultada; faça-me o SENHOR o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.” (Rute 1, 16: 17)
                Ao se fazer uma aliança dessas a única motivação só pode ser o AMOR verdadeiro. Rute, pobre Rute, passaria por tantas privações, eram tantas renúncias, tanta solidão que enfrentaria, fome, frio, não sabia o que lhe esperava. Mas permaneceu fiel.
                Assim deveria ser conosco, não devemos nos preocupar com o que virá, nem pedir glória alguma porque esta não nos pertence.
                Rute, foi a campo trabalhar e lá seu remidor a observava. (Vide Rute 2, 1-7)
                E eis que de sua aliança com Noemi, nasce uma aliança com Boaz. Então Rute se torna palco de uma até então, impossível redenção. Casou-se com Boaz,  o que era impossível. Gerou Obede, pai de Jessé, pai de David e desta geração nasceu Jesus.[1] 
                     
                Você ainda acha que existe acaso? Cada passo é calculado por Deus e é contemplado pelo Seu coração e Ele certamente irá recompensá-lo, mas de que maneira e quando não se sabe. E a única motivação deve ser, o Seu amado contempla, cada passo, cada gesto, cada oração.
“ Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo ao contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, em meu nome, ele vo-lo conceda” (João 15, 16)
  
                Em cada simples escolha em que você permanece fiel, há uma grande obra do Senhor  sendo desenvolvida. Permaneça fiel, seja amor, tenha amor, suporte o que vier.

              “Apenas trabalhe Rute, ninguém pode está vendo, mas Dono do campo está vendo. Confie!”
               



[1] A historicidade do livro de Rute fica confirmada pela genealogia de Jesus Cristo, apresentada por Mateus, a qual alista Boaz, Rute e Obed na linhagem de ascendentes. ( Mateus 1:5; compare com Rute 4:18-22; 2 Crônicas 2:5, 9-15.) Ademais, é inconcebível que um escritor hebreu tivesse inventado deliberadamente um ancestral materno estrangeiro para Davi, o primeiro rei da linhagem real de Judá.[...] Às mulheres israelitas casadas com um homem da tribo de Judá apresentava-se a possível perspectiva de contribuir para a linhagem terrestre do Messias (Gênesis 49:10).
Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Livro_de_Rute > Acesso em: 25 setembro 2011.